Esta edição de Dia Um... Na Cozinha. Fará uma homenagem Fiel, ao nosso amigo, o Bacalhau. Que vai desfilar na passadeira vermelha nas suas mais variadas receitas, para nosso deleite e regozijo.
Sabem que vivo a recordar as coisas boas do passado... e não podia ser diferente com a gastronomia!!
Gostava de poder proteger os nossos sabores e que não caíssem no esquecimento. É a cultura e tradições de um povo que devia ser acarinhada.
Todas as tendências e inovações são o nosso futuro... Mas não esqueçamos o passado...
Hoje, faço uma pequena homenagem à minha avó! É sua a receita e este também era o seu serviço de jantar, comprado há quase um século e, para a sua grande casa de pedra, numa pequena aldeia serrana. Foi seu desejo que eu o partilha-se o que me deixou muito feliz.
Ela sabia do meu encantamento. Nas toalhas brancas de linho as flores azuis pareciam ganhar vida era como se dançassem sacudidas por breves brisas. As louças da época eram toscas e esta fazia toda a diferença.
Este garfo de ferro, um de tantos outros, que usávamos diariamente, eram fabricados pelo ferreiro, um artesão local que os fabricava na forja da sua pequena oficina. E esta toalha é de estopa genuína era também da avó.
Bacalhau o nosso "Fiel Amigo" !! É a iguaria predileta cá em casa!
Uma versão deste apelido!
Durante a Idade Média, a Igreja Católica, mantinha um rigoroso calendário onde os cristãos deveriam obedecer os dias de jejum, excluindo de sua dieta alimentar as carnes consideradas "quentes", o bacalhau era uma comida "fria" e o seu consumo era incentivado pelos comerciantes nos dias de jejum e abstinência a que se sujeitavam os portugueses.
Durante mais de um terço do ano não se podia comer carne. Mas podiam depender sempre do bacalhau seco e salgado. Garantindo também a sobrevivência das tripulações nas longas viagens que exigiam alimentos secos, que não se deteriorassem.
Podemos considerar estas e, outras explicações... Para o nosso "Fiel Amigo"
História e mais informações sobre o Bacalhau, pode ver aqui.
História e mais informações sobre o Bacalhau, pode ver aqui.
Esta receita faço-a sempre com as postas mais baixas. Ao fritar o azeite penetra em todo o bacalhau, deixando-o macio e saboroso. Uso duas postas por pessoa, duas batatas, mas ficará também ao gosto e exigência de cada pessoa.
4 postas médias de bacalhau
4 batatas médias
1 cebola grande (250 g)
4 dentes de alho
1 folha de louro
2,5 dl de azeite
4 fatias de broa
Preparação
Cosa as batatas inteiras e com a casca. Estando cozidas, descasque em rodelas grossas. Reserve em local aquecido.
Lamine as cebolas em meia-lua e leve ao lume com azeite e um alho esmagado, salpique de sal e deixe branquear sem que fique cozida em demasia, tempere com um pouco de pimenta e reserve.
Deite um pouco do azeite numa frigideira e junte um dente de alho esmagado com casca, deixar alourar ligeiramente e frite as fatias de broa de ambos os lados. Retire e mantenha em local aquecido.
Limpe os resíduos de alho e broa da frigideira e junte mais azeite com os dois dentes de alho esmagados e com casca, assim que o alho ferver alto, coloque o bacalhau com a pele para baixo e com a temperatura médio alto, vigie para que não queime, e vire-o do o outro lado.
Se a quantidade de azeite não for suficiente, acrescente o necessário. Disponha as batatas e a broa na travessa, coloque por cima as postas de bacalhau e termine com a cebolada. Guarneci com azeitonas e um pouco de salsa picada, mas pode usar a sua criatividade.